sábado, 29 de janeiro de 2011

Um bairro em transição (ainda na Brasilândia)

Já ouviu falar no movimento Transition Towns ou Cidades em Transição? Pois saiba que a primeira área de baixa renda do mundo a participar é brasileiríssima até no nome: Brasilândia, na região norte da capital paulista. Apesar de ser um bairro, a Brasilândia tem jeitão (e problemas) de cidade grande: são 240 mil habitantes e 110 favelas.

Bom, para quem não sabe, a história das cidades em transição surgiu com o inglês Rob Hopkins, que queria unir esforços de várias linhas de ação para transformar cidades em modelos mais sustentáveis e, principalmente, menos dependentes do petróleo – a começar pelo trânsito, por razões óbvias, e pela produção local de alimentos, que reduz consideravelmente o consumo de combustível usado para o transporte de comida. Em todo o mundo, mais de 300 iniciativas já fazem parte do Transition Towns, em 14 países.

A Brasilândia integrou o movimento com apoio da Fundação Stickel, que trabalha na região há vários anos. Em menos de um ano, eles conseguiram envolver cerca de 30% da população nas diversas ações coordenadas pela entidade e parceiros. Já são sete hortas comunitárias, uma panificadora comunitária, cursos de dança e yoga, feiras de trocasmutirões para revitalizar praças, entre outras atividades. Para a superintendente da fundação, Mônica Picavea, o sucesso “mostra que essas áreas têm muita força para a mudança”. Ela acredita na união das pessoas e no espírito comunitário.

Atravessar essa fase em que nossas conquistas científicas parecem explodir os limites do planeta é mais que urgente. E fazer a transição chegar às populações mais pobres – que são as primeiras e mais profundamente atingidas, historicamente, pelas catástrofes naturais – precisa fazer parte desse processo.

Lugares com populações que ainda se identificam como comunidade, ou seja, que conhecem seus vizinhos, comerciantes e produtores locais, pessoal das escolas e governantes facilita e muito. Isso porque nesses bairros ou cidades de porte mediano ainda existe a escala humana, que anda lado a lado com a solidariedade e a cooperação. É por isso que ações de sustentabilidade em que o discurso fica atrás da prática (de descobrir que ter uma horta ou um telhado verde em casa é uma questão de saúde pública) costumam dar resultados significativos em comunidades carentes. Agora é torcer para que a Brasilândia se transforme e inspire outros bairros e cidades a seguir o mesmo caminho.

Para saber mais:
www.transitiontowns.org
www.fundacaostickel.org.br
www.transitionculture.org

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nova arquitetura ergue casas populares modernas, funcionais e de baixo custo


Usar a arquitetura para mostrar que é possível encontrar soluções criativas e de baixo custo para o problema da moradia nas grandes cidades, foi o desafio encarado pelo Arquiteto Yuri Vital ganhador do Prêmio IAB-SP 2008 na categoria Habitação de Interesse Social, com o projeto Box House. O projeto executado na Zona Norte de São Paulo, no bairro Brasilândia, chama a atenção de quem passa pela estética, criatividade e inovação mostrando que há, sim, alternativas possíveis para o problema habitacional, aliando baixo custo à modernidade , funcionalidade e sustentabilidade.

Na tradução literal Box House significa Casa Caixa, ou seja, um projeto inspirado na concepção de uma caixa. E é isso mesmo, já que o sistema construtivo deixa de lado o conceito de construção mais comum que utiliza vigas e pilares, para aproveitar-se do bloco estrutural que não precisa de uma estrutura para ser erguido já que ele é a própria estrutura. Com isso o volume de concretagem cai proporcionando uma economia, em relação à alvenaria convencional, na ordem de mais ou menos 30%, de acordo com o arquiteto.

O projeto foi executado em um terreno de 1.011 m² e é composto de 17 casas, cada uma com 47 m² com vaga de garagem. 


No piso inferior encontra-se lavabo, cozinha, sala de jantar e estar integradas e área de serviço. 


No andar superior ficam dois dormitórios, um deles com varanda, e um banheiro. 


O cotidiano comunitário é favorecido por uma rua que liga as unidades no seu interior, proporcionando grande visibilidade e garantindo a vista do lugar.


É sustentável porque foram construídas em posição estratégica, as casas têm orientação solar favorável e esquadrias amplas para receber luz natural em grande quantidade, e assim, economizar energia. Recursos como ventilação cruzada e laje de concreto coberta com telhas comuns evitam o calor


Além da opção pelo bloco estrutural outro fator relevante na questão do custo foi o detalhamento do projeto. Uma vez que ao proporcionar o máximo de informações possíveis para o pessoal do canteiro de obra, o desperdício de material e mão de obra com problemas de execução errada e, consequentemente retrabalho, fica bastante reduzido.

Criado sob o ponto de vista de economia, qualidade e funcionalidade o projeto não esqueçeu nem da caixa de água. Composta de plástico e localizada na fachada de cada unidade, ela dá um toque de individualidade e concentra toda a área molhada em um único ponto.

Quebrando paradigmas o projeto Box House contempla as classes C e D construindo moradias de baixo custo com qualidade técnica e padrões estéticos modernos e funcionais, revolucionando a ideia de que isso só é possivel para as classes mais privilegiadas da sociedade. E ao propor uma nova arquitetura para as habitações sociais proporciona, sobretudo, o retorno da iniciativa privada aos projetos de baixo custo.

Acompanhe mais detalhes do projeto:

A garagem fica meio nível abaixo do perfil do terreno para evitar que a construção ultrapassasse os 6 m de altura impostos pela legislação
A planta do primeiro pavimento evidencia, do lado direito, a escada externa que dá acesso à casa. Logo no piso de chegada, há um lavabo. No centro, a sala de estar integrada à de jantar; na cozinha, uma porta dá acesso à área de serviço 
No segundo pavimento, os dois quartos dividem um banheiro

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Selo de certificação LEED® comprova práticas de construção sustentável



O mercado da construção civil evolui a cada ano e com o setor da construção sustentável não poderia ser diferente.
No Brasil, apenas as construtoras ligadas à fabricação de edifícios inteligentes e/ou com diferenciais ecológicos, após atestar que seu empreendimento realmente foi construído seguindo práticas de construção sustentável, podem obter o selo de certificação LEED® (Leadership in Energy and Environmental Design) - atualmente o mais aceito mundialmente para orientação, mensuração e certificação de construções sustentáveis (os chamados Green Buildings).
Trata-se de um certificado desenvolvido pelo U.S. Green Building Council (USGBC), que possui um representante oficial no Brasil, a Green Building Council Brasil (GBC Brasil), presente no país desde julho de 2007. A visão do GBC Brasil é ser uma Associação referência no setor da construção sustentável, apoiando a transformação de toda sua cadeia produtiva, direcionando o Brasil à liderança mundial deste mercado. Para isto, já conta com a participação das maiores empresas que atuam no ramo da construção civil.
O GBC Brasil elegeu a ferramenta de certificação LEED® como a mais adequada a ser promovida no país, posto sua viabilidade ao mercado brasileiro. Além da promoção do certificado LEED®, o GBC Brasil reúne um grupo de profissionais para proceder com um estudo científico a fim de avaliar o LEED® e, por ventura, adaptá-lo de modo a facilitar sua aplicabilidade no mercado brasileiro e aumentar a sua eficiência a nossa realidade.

domingo, 23 de janeiro de 2011

As hélices do Google

O gigante da Internet investiu 200 milhões de dólares numa rede submarina de transmissão de energia eólica. Pode ser o começo de uma revolução energética



Se houvesse uma única explicação para o sucesso do Google, a ferramenta de buscas que em dez anos se transformou num império da internet, essa seria a perspicácia com que a empresa identifica uma nova demanda e a rapidez com que trata de supri-la. Desde o seu lançamento, em 1998, o Google está alguns passos à frente dos acontecimentos e diversifica sua área de atuação - com bons resultados em quase tudo o que faz. Nos últimos anos, a empresa apostou em telefonia, em satélites para transmissão rápida de dados e até em uma televisão com acesso à internet. Em outubro, o Google destinou mais de 200 milhões de dólares para o que pode ser a mais espetacular aposta desde sua fundação: uma rede de cabos submarinos com 560 quilômetros de extensão para transmitir energia eólica produzida em alto-mar. Batizada de Atlantic Wind Connection, a rede vai abastecer 1,9 milhão de casas na costa leste dos Estados Unidos com 6000 megawatts de energia. Até 2016, quando deve começar a funcionar, o empreendimento terá consumido 5 milhões de dólares. 

A ideia de usar cabos submarinos para a transmissão da energia gerada por turbinas ins¬taladas a milhares de quilômetros da costa não é pioneira. Parques eólicos como o Thanet, na Inglaterra, que ocupa uma área equivalente a 4000 campos de futebol, já utilizam a tecnologia. A originalidade do projeto bancado pelo Google é o sistema inteligente. Similar a uma espinha dorsal, a rede do Google é composta de um cabo principal do qual saem ramificações que se conectam a várias centrais transformadoras em águas rasas. Essas centrais coletam a eletricidade gerada por diversas fazendas eólicas. O total de energia captada é distribuído em pontos variados da rede elétrica, em vez de em um só ponto, como acontece com a tecnologia tradicional. "Se o projeto der certo, ele pode vir a ser uma solução para o melhor aproveitamento das fazendas eólicas de alto-mar. Há regiões ainda não exploradas por falta de tecnologia de transmissão", diz Eliane Fadigas, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 

O flerte do Google com energias renováveis não é recente, mas só neste ano se concretizou. Em maio, o grupo gastou 39 milhões de dólares na aquisição de duas fazendas eólicas em Dakota do Norte. A opção de aplicar dinheiro na força dos ventos não é à toa. De todas as alternativas para os combustíveis fósseis, a eólica é a que mais tem atraído investidores. Segundo dados da ONU, dos 119 bilhões de dólares investidos em fontes alternativas no ano passado, 67 bilhões de dólares foram para a energia eólica. A atual capacidade instalada mundial é de 121 gigawatts - duas vezes a de biomassa e dez vezes a solar. A estimativa é que um quinto da energia produzida no mundo em 2030 seja proveniente das fazendas de vento. 





 Apesar de ser a menina dos olhos dos investidores, a energia eólica tem uma série de desvantagens a ser superadas. A maior delas é o preço. Ela custa caro. O valor de 1 megawatt-hora de energia eólica é 132 reais, ante 80 do das usinas hidrelétricas. A instalação de um parque eólico requer muito dinheiro e a produção de energia ocorre, em média, em 30% do tempo. Ainda assim, o vento é uma energia viável para muitos países europeus e também para os Estados Unidos. No caso do Brasil, é algo para o futuro. Por enquanto, o país pode se beneficiar dos recursos naturais abundantes e priorizar as usinas hidrelétricas e os biocombustíveis. A energia eólica representa apenas 0,3% da matriz energética nacional. Mas o ritmo de expansão dos parques eólicos no Brasil é acelerado, em torno de 35% nos últimos dois anos. 

Qual a melhor e mais eficiente fonte renovável para substituir os combustíveis fósseis é um tema de acalorado debate entre os especialistas. A energia solar, que recebe 23% de todos os investimentos no setor, é mais cara do que a eólica - 600 reais o megawatt-hora - e só funciona em regiões favorecidas pela insolação. O fundador do Greenpeace, Patrick Moore, deixou a instituição na década de 80 para dirigir uma consultoria em defesa da mais polêmica das energias renováveis, a nuclear. "Ela é a mais limpa de todas, é confiável e tem custo baixo", disse Moore em entrevista a VEJA. "Trata-se da única tecnologia de larga escala que pode prover energia constante e confiável por milhares de anos no futuro."

Pouco adianta discutir qual tipo de energia renovável adotar se não há boas condições de transmissão de energia. Os locais com maior potencial para a exploração de fontes renováveis estão em regiões sem infraestrutura robusta o suficiente para levar a energia elétrica até o consumidor final. Um bom exemplo disso pode ser encontrado nos Estados Unidos. O sol brilha quase todos os dias no estado do Arizona, onde está em construção a maior usina de energia solar do mundo, com capacidade para abastecer 70000 residências. Mas ainda não se encontrou uma solução para encaminhar toda essa energia até as principais cidades americanas sem danificar a rede elétrica já existente. 


Na maioria dos países, entre eles o Brasil, a rede elétrica não está preparada para receber energias renováveis. O maior problema são as oscilações. É impossível prever a intensidade do vento ou do sol. Se num dia de ventania uma supercarga de energia eólica for jogada na rede de uma só vez, todo o sistema poderá entrar em colapso. Especialistas procuram uma solução para transmitir energias renováveis de forma eficiente. Quem sabe o Google não está perto de achar uma resposta.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Envolva-se na rede da construção solidária

Iniciativas da sociedade civil espalhadas por todo o país ajudam a concretizar o sonho da moradia própria e a melhorar a qualidade das casas existentes


Ter uma casa é o grande sonho do brasileiro de qualquer classe social. Embora o país viva hoje um boom imobiliário iniciado em 2005 *, boa parte da população ainda não conquistou seu teto ou mora em espaços precários e superlotados. A premente necessidade por moradias dignas vem fortalecendo no país uma poderosa e inspiradora rede de construção solidária. Iniciativas lideradas por diversos setores da sociedade – ONGs, empresas, profissionais liberais e associações civis – visam contribuir com o poder público para melhorar os números do déficit de habitação e promover melhorias em residências de baixa qualidade. Foi esse espírito de ajuda que norteou a construtora
Goldsztein Cyrela, sediada em Porto Alegre, no desenvolvimento em 2002 do Programa Construção Solidária para atender seus funcionários. “Muitos moravam em condições precárias e decidimos reverter essa situação por meio de reformas ou da construção de uma nova residência”, conta o diretor financeiro Ricardo Sessegolo.

Para se credenciar, o operário precisa estar no mínimo há dois anos na empresa, apresentar conduta exemplar, ter participado como voluntário do projeto, além de outros critérios. Ele tira cerca de 40 dias de férias e, com colegas voluntários trabalha em mutirão para erguer sua casa. Entre os parceiros também estão fornecedores que doam materiais. Em alguns casos, a Goldsztein Cyrela fornece novos móveis. Até hoje foram realizadas dezenas de reformas e 20 casas, erguidas do zero. O operador de guindaste
Júlio César Ilha foi um dos beneficiados. “Quando chovia, entrava água onde eu morava, pois o telhado era fino. Conversei com o pessoal da empresa e, além de trocar as telhas, a construtora viu que minha casa precisava de reforma”, conta Júlio. Segundo Ricardo, além da satisfação de ajudar o próximo, os resultados para o empregador são claros e importantes, pois criam um comprometimento maior do funcionário com o trabalho.

Lançado em junho de 2010, o Clube da Reforma tem a proposta inicial de melhorar as condições habitacionais de 1 milhão de famílias de baixa renda. Fruto da parceria da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e da ONG Ashoka, a entidade reúne em seu conselho consult ivo representantes do governo federal, empresas, entidadesde classe e organizações sociais. As ações incluem a troca de experiências entre os associados, as articulações de projetos conjuntos e a criação de um banco de dados com informações sobre iniciativas de melhorias habitacionais que podem ser multiplicadas. 

“A ideia é construir um vínculo com as diversas ações em curso no país para que essa rede aumente sua capacidade coletiva de transformação”, explica Valter Frigieri, gerente nacional de desenvolvimento de mercado da ABCP. Uma das empresas participantes do clube é a Tigre, fabricante de tubos e conexões, que criou em 2006 a Escola Volante Tigre (Tigrão). Dentro da carreta, preparada para abrigar uma pequena escola, acontecem aulas gratuitas de perfeiçoamento de instalações hidráulicas prediais ministradas por técnicos da companhia. O objetivo é capacitar desempregados da construção civil, como instaladores hidráulicos, eletricistas, pedreiros e jovens a partir de 16 anos. Ao percorrer todo o país, a Tigre forma cerca de 8 mil pessoas por ano.

ADESÕES À CAUSA

Profissionais da área de arquitetura e decoração também se mobilizam com o intuito de minimizar os problemas das habitações precárias.

Ao se mudar para São Paulo, em 2000, a designer de interiores mineira Bianka Mugnatto ficou incomodada com a gritante diferença social expostanas ruas da cidade. Ela começou a participar de trabalhos voluntários, dando aulas de reciclagem de materiais em ONGs, como o Projeto Arrastão. Com essa experiência, Bianka também passou a doar o material excedente das mostras de decoração e das obras residenciais e comerciais que coordenava. “Converso com os clientes e fornecedores e muitos me dão o que sobra. Assim, levo tacos de madeira, portas, revestimentos cerâmicos e telhas para algumas instituições. É importante centralizar o material em associações de bairro, centros de capacitação e ONGs, que conhecem as necessidades da comunidade, destinando os produtos de maneira eficaz”, diz. O designer Marcelo Rosenbaum, de São Paulo, capitaneou outra ação coletiva que, segundo ele, “foge do assistencialismo, pois dá autonomia e liberdade às pessoas para prosseguirem com os projetos”.

Com o objetivo de usar as cores para despertar a criatividade e transformar uma comunidade, o programa A Gente Transforma é uma parceria com as ONGs Casa do Zezinho e Instituto Elos (criada por arquitetos em Santos, SP, essa entidade mobiliza diferentes setores para o trabalho cooperativo). A primeira edição da iniciativa, que será replicada em outras cidades do Brasil, aconteceu em julho de 2010, no Parque Santo Antônio, zona sul paulistana. Ali, mais de 60 casas em torno de um campo de futebol, também recuperado pelo projeto, foram pintadas pelos moradores e vizinhos com tinta fornecida pela Suvinil. A empresa ensinou 150 pessoas da região a pintar paredes, muros e tetos,incentivando a profissionalização como pintores. “Essa ação propõe a transformação social da comunidade por meio da inclusão, da arte, da educação e da mudança do espaço”, ressalta Marcelo, um dos milhares de exemplos de pessoas que, a cada dia, fortalecem a rede de solidariedade em nosso país.

VOCÊ PODE AJUDAR

Se sobrou material da reforma ou construcão de sua casa e você deseja doá-lo, entre em contato com as instituições abaixo:

Associação Cidade Escola Aprendiz

Aceita tinta, pastilhas de vidro e de cerâmica e tacos que são reutilizados como material artístico para reurbanização de espaços públicos.
Tel. (11) 3819-9226, São Paulo

Habitat para a Humanidade Brasil
Recebe portas, janelas, telhas, tintas, pisos e metais para melhorias de moradias em comunidades carentes. Tel. (11) 5084-0012, São Paulo

Instituto Elos

Acolhe tinta, pincéis, lixas, revestimentos cerâmicos, rejunte, tábuas de madeira, parafusos, pregos. Tel. (13) 3326-4472, Santos, SP

Um Teto para Meu País
Aceita chapas de pínus, telha de fibrocimento, ferramentas, dobradiças, pregos, parafusos etc. para a construção de casas. Tel. (11) 3675-3287, São Paulo
(fonte: Arquitetura & Construção 01/2011)

Fresh Kills: aqui era o maior lixão do mundo



Nova York está mostrando ao mundo como é possível recuperar áreas degradadas pelo depósito de lixo a céu aberto


Os moradores de Staten Island, o menos conhecido entre os cinco distritos de Nova York, testemunham uma impressionante mudança na paisagem desde o fechamento, em 2001, do lixão de Fresh Kills, até então o maior do planeta. Numa vasta área em que os montes de lixo chegavam a 50 metros altura equivalente à da Estátua da Liberdade -, está surgindo um aprazível parque com 890 hectares, quase o triplo do Central Park. Desde 1948, quando o local começou a ser usado como aterro, mais de 150 milhões de toneladas de detritos de todos os tipos foram depositados ali. No fim da década de 90, o aporte diário chegava a 25000 toneladas. 

Entre as providências para transformar o purgatório em paraíso, foi preciso assegurar a estabilidade do terreno, estabelecer uma rede de canalização para dar vazão ao gás resultante da decomposição do lixo e instalar uma camada de plástico impermeável para confinar e extrair o chorume, líquido poluente produzido em processos de decomposição. Os técnicos vão acompanhar uma série de indicadores sobre a qualidade do ambiente por pelo menos três décadas. As medidas servirão para assegurar a saúde dos frequentadores do parque, que vão dispor de 65 quilômetros de trilhas, quadras esportivas e parques para as crianças. Além disso, as barcaças que carregavam o lixo pelos canais serão transformadas em jardins flutuantes, e os visitantes poderão passear de pedalinho ou caiaque. Haverá até uma torre para observação de pássaros, que voltaram gradualmente à região à medida que as montanhas de lixo foram desaparecendo. A abertura para o público está prevista para o fim de 2011. 




Em 2008, com a desativação total de Fresh Kills, o nada glorioso título de "o maior lixão do planeta" passou a ser disputado por diversos aterros, incluindo o brasileiro Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), que recebe 7000 toneladas de lixo por dia, provenientes de toda a Baixada Fluminense e da cidade do Rio de Janeiro. Retratado no documentário Lixo Extraordinário, que conta o trabalho do artista plástico Vik Muniz com os catadores locais e é um dos pré-selecionados para concorrer ao Oscar da categoria, o Jardim Gramacho simboliza o tamanho do problema do lixo no Brasil, que produz 260 000 toneladas de lixo por dia - 1,5 quilo por habitante, o triplo da China. Embora 80% desses resíduos possam ser reaproveitados, o que também inclui o lixo orgânico, apenas 2% são reciclados ou destinados para compostagem. Nos Estados Unidos, esse índice é de 32%. 

Na Europa, diversos países já ultrapassaram a marca de 50% de reaproveitamento. O verdadeiro maior lixão do mundo, no entanto, não está em terra e nem sequer foi planejado pelo homem. Trata-se do "Lixão do Pacífico", uma região a 1 500 quilômetros da costa, entre a Califórnia e o Havaí, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados de plásticos e outros tipos de detrito. A área equivale a 15% do território brasileiro. Largados nas praias ou depositados no mar pelo sistema de drenagem das cidades, os dejetos são levados até lá por correntes que vêm tanto da América do Norte quanto da Ásia. Pesquisadores encontram com frequência pedaços de plástico no estômago dos peixes e aves da região. A imagem de uma tartaruga que teve o crescimento do casco limitado por uma argola de plástico percorreu o mundo como símbolo do descaso da humanidade com o lixo que produz. 

(fonte: Revista VEJA / Especial Sustentabilidade 12/2010)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ajude a parar o aquecimento global. Pinte seu telhado de branco.

As mudanças climáticas demonstram que nosso planeta pede socorro. Tragédias ocorridas por conta de enchentes já causaram estragos no Estado do Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Bahia com mortes e milhares de pessoas desabrigadas.  As notícias acontecem quase que diariamente e com dimensões cada vez maiores. É hora de fazer alguma coisa para tentar mudar esse cenário. Temos que pensar em soluções simples, fáceis e que tenham resultado imediato.

A adoção dos telhados “cool roof” – tanto em galpões e fábricas quanto em residências - contemplada na campanha One Degree Less, criada pelo Green Building Council Brasil, é uma dessas iniciativas. 
Com o One Degree Less é possível diminuir a temperatura das ilhas de calor nos grandes centros urbanos em 1 grau, e  o melhor: de uma maneira realmente simples. Não requer muita especialização, é de fácil aplicação e baixa manutenção. A iniciativa é uma das mais eficientes a serem adotadas no momento, pois seu resultado é instantâneo e seus benefícios podem ser percebidos por uma grande parte de pessoas. 

A adoção dos telhados ou coberturas brancas é apoiada, inclusive, por Steven Chu, secretário de Energia dos Estados Unidos e prêmio Nobel de Física, que tem falado sobre o assunto em suas aparições públicas, incentivando que todos os países adotem os “cool roofs” e dêem sua contribuição para dar fim ao aquecimento global. A compensação gerada pelo esfriamento das superfícies urbanas possibilitaria um atraso importante nos efeitos das alterações climáticas, período em que poderiam ser pensadas e desenvolvidas outras medidas para combater o aquecimento global.

No mundo todo, a grande maioria dos tetos e coberturas são escuros e refletem no máximo 20% da luz solar. Dados do laboratório americano Lawrence Berkeley, apoiador da campanha, mostram que pintar estes telhados com material branco ou claro diminui sensivelmente os efeitos da incidência solar. Estima-se que para cada 100 m2 de telhado pintado com cores claras são compensadas 10 toneladas de emissão de gás carbônico. Como efeito de comparação, uma típica casa norte-americana emite aproximadamente, por ano, o mesmo volume de gás carbônico.

A solução é fácil de implementar e gera resultados surpreendentes. Simplesmente pintando com uma tinta refletiva o topo da edificação, você consegue diminuir em até 30 graus a temperatura da superfície pintada em um dia de verão. 

Dados da Environmental Energy Technologies Division, dos Estados Unidos, mostram que os revestimentos brancos são capazes de refletir de 70 a 80% da energia do sol diminuindo também a temperatura interna dos edifícios e, assim, fazem com que geladeiras e aparelhos de ar condicionado consumam menos energia, gerando uma economia de até 20%/mês. "É o mesmo princípio que faz alguém sentir mais calor com roupa preta do que vestido de branco", explica o físico José Goldemberg, ex-ministro de Ciência e Tecnologia.

“Queremos que todos pensem sobre o problema do aquecimento global e percebam que não é possível ficar parado. Que é necessário agir já!”, salienta Thassanee Wanick (fundadora da ONG Green Building Council Brasil). “Cientistas falam sobre o aquecimento do Oceano Atlântico sul há mais de uma década, mas somente agora estamos vendo tragédias como as que ocorreram no Rio de Janeiro, recentemente. Então, se quisermos deixar um mundo melhor para os nossos filhos, esse é o momento de fazer alguma coisa”, convida. 

Outra medida simples que traz excelentes resultados ambientais e também incentivada pela campanha é a implantação de telhados verdes, tão benéficos quanto os brancos. A idéia é desenvolver jardins nas lajes e coberturas. Além de criar um ambiente de lazer, ajuda no controle do fluxo de água pluvial e na diminuição de enchentes, redução da reverberação de som, que proporciona maior conforto acústico e gera economia de energia.

Essas ações também são benéficas à saúde. Com elas, os cidadãos teriam mais conforto em suas residências e locais de trabalho, já que a qualidade do ar nos ambientes ficará mais saudável. Com conseqüência, gastos do governo e empresas com questões de saúde também seriam menores. E então, vamos contribuir?




Construção sustentável custa mais caro?


A adoção de soluções ambientalmente sustentáveis na construção não acarreta em um aumento de preço, principalmente quando adotadas durante as fases de concepção do projeto. Em alguns casos, podem atéreduzir custos. Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas ambientalmente sustentáveis em um edifício verde gere um custo cerca de 5% maior do que um edifício convencional, sua utilização pode representar uma economia de 30% de recursos, durante o uso e ocupação do imóvel.
Um sistema de aquecimento solar, por exemplo, se instalado em boas condições de orientação das placas, pode ser pago, pela economia que gera, em apenas um ano de uso. Edifícios que empregam sistema de reuso de água (a água dos chuveiros e lavatórios, após tratamento, volta para abastecer os sanitários e as torneiras das áreas comuns) podem ter uma economia de água da ordem de 35%. Por princípio, a viabilidade econômica é uma das três condições para a sustentabilidade.
O estudo inglês Costing sustainability, “How much does it cost to achieve BREEAM and EcoHomes ratings (2004)”, concluiu que em alguns casos a adoção de estratégias avançadas de sustentabilidade podem inclusive reduzir custos.
“A construção sustentável não custa mais caro, desde que integrada na etapa de concepção do edifício, ou seja, desde a fase de projeto.”
Antônio Setin (presidente da construtora Setin)
“Além de gerar economia, a construção sustentável vai se valorizar. Ou seja, os imóveis sustentáveis terão maior valor de venda e revenda, em poucos anos”
Alexandre Melão (Esfera)

Quais as Vantagens de um projeto sustentável?


O projeto sustentável, por ser interdisciplinar e ter premissas mais abrangentes, garante maior cuidado com as soluções propostas, tanto do ponto de vista ambiental quanto dos aspectos sociais, culturais e econômicos.
O resultado final dessa nova arquitetura ecológica, verde e sustentável, proporciona grande vantagem para seus consumidores. Quem não quer ter uma casa saudável, clara, termicamente confortável e que gaste menos água e energia?
A casa ecológica, além de beneficiar o meio ambiente, garante o bem estar de seu usuário (faz bem para a saúde, para o bolso e para o planeta.)
Já a prática da arquitetura sustentável em empreendimentos imobiliários pode ser ainda mais vantajosa, uma oportunidade que não pode ser desperdiçada. Esse nicho de mercado é hoje um diferencial, mas no futuro se tranformará em requisito, pois está dentro da necessidade urgente de melhores indicativos de qualidade de vida.
Os principais benefícios são:
  • redução dos custos de investimento e de operação;
  • imagem, diferenciação e valorização do produto;
  • redução dos riscos;
  • mais produtividade e saúde do usuário;
  • novas oportunidades de negócios;
  • satisfação de fazer a coisa certa.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O que é um projeto sustentável?


Hoje os edifícios são os principais responsáveis pelos impactos causados à natureza, pois consomem mais da metade de toda a energia usada nos países desenvolvidos e produzem mais da metade de todos os gases que vem modificando o clima.
O projeto de arquitetura sustentável contesta a idéia do edifício como obra de arte e o compreende como parte do habitat vivo , estreitamente ligado ao sítio, à sociedade, ao clima, a região e ao planeta. Se compromete a difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem contudo, ser inviável economicamente.
A elaboração de um projeto de arquitetura na busca por uma maior sustentabilidade deve considerar todo o ciclo de vida da edificação, incluindo seu uso, manutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e muito menos possui receitas, e sim depende do conhecimento e da criatividade de cada parte envolvida.
Alguns princípios básicos devem nortear o projeto:
  • Avaliação do impacto sobre o meio em toda e qualquer decisão, buscando evitar danos ao meio ambiente, considerando o ar, a água, o solo, a flora, a fauna e o ecossistema;
  • Implantação e análise do entorno;
  • Seleção de materiais atóxicos, recicláveis e reutilizáveis;
  • Minimização e redução de resíduos;
  • Valorização da inteligência nas edificações para otimizar o uso;
  • Promoção da eficiência energética com ênfase em fontes alternativas;
  • Redução do consumo de água;
  • Promoção da qualidade ambiental interna;
  • Uso de arquitetura bioclimática.

sábado, 15 de janeiro de 2011

ONU declara 2011 o Ano Internacional das Florestas

 Elas cobrem 31% da área terrestre total do planeta, abrigam o lar de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e têm responsabilidade direta quando o assunto é a garantia da sobrevivência de 1,6 bilhão de pessoas e de 80% da biodiversidade da Terra. É das florestas de quem estamos falando.
Depois de 2010 ter sido dedicado à biodiversidade, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2011, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a preservação para uma vida sustentável no planeta. (Fonte: EcoDesenvolvimento)

Várias atividades que serão desenvolvidas em apoio ao Ano Internacional das Florestas terão como objetivos a promoção do desenvolvimento sustentável, a conservação, e o desenvolvimento das florestas em todo o Planeta, bem como sensibilizar a população mundial para a importância que as florestas desempenham e representam nas diversas formas de desenvolvimento global sustentável. O Ano Internacional das Florestas objetiva mobilizar a comunidade mundial para a conscientização imprescindível, em assegurar que as florestas do Planeta sejam respeitadas e geridas de formas sustentáveis para as gerações atuais e futuras.

E a Terrablocos já é uma das propulsoras desse projeto, pois suas máquinas e equipamentos deixam de derrubar e queimar de 8 a 10 árvores de médio porte na fabricação de blocos, tijolos e pisos ecológicos (por milheiro). Isso sem mencionar a preservação de mananciais, pois na produção do tijolo não é utilizado à argila e por não ser queimado não emiti gases poluentes na atmosfera. A preservação do meio ambiente e a luta contra o aquecimento global é um trabalho incessante na Terrablocos, tendo a ONU como parceira e disseminadora da causa em diversos países rapidamente teremos resultados surpreendentes de preservação.

O que são materiais ecológicos ou ecoprodutos?


Ecoprodutos são todos artigos de origem artesanal ou industrializada, que sejam não -poluentes, atóxicos, benéficos ao meio ambiente e á saúde dos seres vivos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
Como saber se o material/tecnologia é sustentável ou menos impactante?
  • Matéria-prima – é virgem ou reciclada? Como é extraída? É um recurso renovável?
  • Qual é o processo produtivo? Apresenta baixo consumo de energia? E de água? O processo é poluente? (ar, água, terra, som). Gera que tipo de resíduos?
  • O produto é poluente?
  • Sua instalação, manutenção gera resíduos?
  • Como é a logística de distribuição do produto? Consome muita energia?
  • E a embalagem? Possui potencial de reciclagem ou de reuso?
  • Possui algum tipo de certificação ( tipo ISSO 14001) ou SELO?

Os materiais e tecnologias listados abaixo foram especificados em alguns projetos de arquitetura sustentável:


Economia de água e energia

Luminárias de LED

aplicação: iluminação
descrição: chip emissor de luz que também é chamado de “SOLID STATE LIGHTING”, conhecido como “LED”
diferencial ambiental: aparelho com duração de 15 anos sem manutenção. Seu raio luminoso é livre de UV e de calor e seu tamanho compacto proporciona maior flexibilidade nos projetos. Uma tecnologia que supera a iluminação convencional, gerando uma economia que varia de 50 a 80 %.

Automação

aplicação: automação residencial
descrição: sistema de quadros sinóticos de automação que garante o completo gerenciamento da instalação elétrica.
diferencial ambiental: otimiza funcionalidade, conforto, manutenção, flexibilidade de uso, segurança e energia. Sua utilização minimiza o uso de cabeamentos e gera economia na obra.

Torneira e válvula economizadora com sensor de presença

aplicação: ideal para banheiros de uso público
descrição: sensores funcionam em 110v e 220v com baixo consumo de energia elétrica, em alta e baixa pressão de água.
diferencial ambiental: economia de água, conforto e higiene.

Válvula de descarga fluxo duplo

aplicação: válvula de descarga pra banheiros
descrição: válvula com dispositivo de fluxo duplo (6 litros para sólidos, 3 litros para líquidos).
diferencial ambiental: Permite controle de fluxo com economia e favorece educação ambiental.

Ecomosaico

aplicação: revestimento de paredes
descrição: Mosaico feito de material reciclado que utiliza o resíduo eliminado pelas máquinas de corte de marmorarias.
diferencial ambiental: economia e reuso da água na sua produção, gestão de resíduos.

Conforto termo acústico

Vidros

aplicação: vedação, portas, janelas, divisórias.
descrição: material não-poroso e transparente.
diferencial ambiental: garante a iluminação natural e pode ser reutilizado várias vezes para a mesma finalidade.

Película opaca para privacidade

aplicação: tratamento de vidros para arquitetura.
descrição: película visa a melhora do desempenho em controle solar, segurança e decoração.
diferencial ambiental: rejeitam até 79% da energia solar incidente no vidro, melhorando o conforto térmico do ambiente, Bloqueiam também 99% dos raios ultravioleta, minimizando o desbotamento de objetos expostos ao sol.

Tecidos GreenScreen

aplicação: persianas e cortinas para proteção solar.
descrição: tecido para proteção solar, isento de PVC e COV´s.
diferencial ambiental: reduzem a entrada de calor e evitam a luminosidade excessiva. São mais seguros, pois, em caso de incêndio, não há emissão de fumaça densa nem quantidades mensuráveis de gás ácido hidroclorídrico, que é nocivo ao sistema respiratório.

Forro e Painéis de Ecoplaca

aplicação: forro e vedação
descrição: Placas planas impermeáveis fabricadas com matérias-primas nobres como Alumínio, Plástico e Papel Cartão.
diferencial ambiental: com alto poder de isolamento térmico e acústico, as placas são obtidas a partir do reprocessamento de resíduos industriais selecionados, gerados no pré e pós-consumo. Atualmente, suas matérias-primas provêm de inúmeras empresas do setor de embalagens.

Tijolos de solocimento

aplicação: alvenaria estrutural.
descrição: tijolo composto de solo, cimento e água.
diferencial ambiental: produzido sem o processo da queima, evita o desmatamento e, conseqüentemente, a poluição do ar. Elimina a quebra de paredes e o desperdício com materiais.

Placas de Cortiça Reciclada

aplicação: revestimento de paredes.
descrição: esta cortiça é um tecido vegetal composto de 30% de cortiça extraída da casca do sobreiro e 70% reciclada de rolhas.
diferencial ambiental: material reciclado quando utilizado como revestimento possui um bom desempenho térmico-acústico.

Qualidade interna do ar

Resina ECOPISO

aplicação: revestimento de piso.
descrição: resina impermeabilizante elaborada com mais de 70% dematérias-primas naturais renováveis, entre elas o óleo de mamona.
diferencial ambiental: Não libera gases tóxicos durante ou depois de sua aplicação.

Tinta natural

aplicação: pintura de paredes internas e externas
descrição: revestimento natural cujo principal componente é a terra crua.
diferencial ambiental: A utilização da tinta de terra natural possibilita o uso de recursos do local, economia de materiais e combustíveis, saúde para os habitantes, tecnologia simples e tradicional, dentre outros.

Cola à base de água

aplicação: adesivo de contato
descrição: produto não fenólico,isento de COVs (compostos orgânicos voláteis)
diferencial ambiental: não agride a camada de ozônio e garante a boa qualidade interna do ar.

Selador verniz e stain a base de água

aplicação: proteção para madeira
descrição: produto sem odor , isento de COVs (compostos orgânicos voláteis)
diferencial ambiental: substitui os similares convencionais à base de solventes voláteis, não agride a camada de ozônio e garante a boa qualidade interna do ar.

Tinta Colaza Eco-Paint Clarus

aplicação: pintura de paredes e forros.
descrição: produto ecológico, biodegradável, aquoso, com alto poder de recobrimento e alta durabilidade.
diferencial ambiental: sua secagem é rápida e livre de COV´s, portanto, não possui os odores desagradáveis das tintas convencionais e garante a boa qualidade do ar interior.

Chapas de gesso Cleaneo

aplicação: forro
descrição: chapas com propriedades acústicas e capacidade de melhorar continuamente a qualidade do ar nos ambientes em que estão instaladas.
diferencial ambiental: o forro de chapas Cleaneo transforma partículas nocivas e odores em substâncias inofensivas. Acústico, promove a absorção sonora e contribui para o conforto acústico dos ambientes.

Madeiras

Madeira Taxodium ( taxodium distichum )

aplicação: produção de móveis.
descrição: árvore originária do canadá, produz madeira leve, com boa trabalhabilidade e resistente ao apodrecimento.
diferencial ambiental: madeira de reflorestamento.

Madeira Teca ( tectona grandis )

aplicação: produção de móveis , esquadrias e pisos de qualidade decoração e construção naval .
descrição: árvore nativa das florestas tropicais do sudeste asiático
diferencial ambiental: reflorestamento racional com certificação florestal do FSC, Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council).

Madeira de Demolição

aplicação: produção de móveis, revestimento de piso.
descrição: madeiras nobres de lei, em extinção, provenientes principalmente de elementos de antigas construções, como esquadrias, assoalhos entre outros.
diferencial ambiental: possibilita o reuso de peças que seriam descartadas, diminuindo a demanda por madeiras novas.

Bambu

aplicação: produção de móveis, construção civil.
descrição: composto basicamente de longas fibras vegetais. É uma planta muito resistente, possível de ser cultivada em solos ruins.
diferencial ambiental: material altamente renovável que pode substituir o uso da madeira (material e combustível), impedindo o corte indevido de árvores essenciais ao equilíbrio natural.

Madeira Lyptus

aplicação: confecção de móveis, piso para área interna.
descrição: madeira de alta qualidade e grande resistência mecânica produzida em escala comercial.
diferencial ambiental: madeira totalmente obtida de fontes renováveis, a partir de árvores plantadas, o que assegura um suprimento confiável e ambientalmente sustentável.

Tamburato

aplicação: confecção de móveis.
descrição: o painel estrutural é composto de duas camadas externas de partículas finas de madeira prensada, e miolo colméia de papel reciclado.
diferencial ambiental: Com Certificado FSC, o produto é adequado para fabricação de móveis robustos, que exigem espessuras grossas, leveza no peso e excelente desempenho.

Alternativas
Linha Fulget da Braston
aplicação: revestimento.
descrição: placas cimentícias unem a rusticidade das granilhas à resistência do concreto.
diferencial ambiental: ainda que possua cimento em sua composição, o produto é menos impactante, pois é produzido em fôrmas que secam naturalmente, dispensando fornos. Assim, torna-se uma boa opção na substituição das pedras convencionalmente utilizadas na construção civil.

Piso Tecnocimento

aplicação: revestimento piso.
descrição: material cimentício aplicado com uma espessura de 2 mm, sobre o substrato, não necessita de juntas de dilatação e não apresenta nenhum tipo de trinca ou fissura.
diferencial ambiental: ainda que possua cimento em sua composição o produto é menos impactante pois pode ser aplicado sobre pisos pré-existentes, como cerâmicas, placas de cimento, mármores e pastilhas, evitando assim os resíduos habituais de reformas.

Acessórios em aço inoxidável

aplicação: ferragens.
descrição: o aço inoxidável é, basicamente, uma liga de ferro e cromo que apresenta propriedades físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência a oxidação atmosférica as suas principais características.
diferencial ambiental: ainda que possua alta energia incorporada, o inox é a opção mais sustentável entre os metais para substituir metais cromados, que geram um dos mais perigosos rejeitos conhecidos, ainda sem qualquer possibilidade de reuso.
(fonte: Cria Arquitetura Sustentável)